“A amiga genial”: a obra-prima de Elena Ferrante Cauana Mestre

A obra de Elena Ferrante é um trabalho de escavação sobre o valor da escrita na tecelagem da existência feminina. Suas personagens escrevem ou narram a partir da perda, da devastação, do desamparo

Sobre ser uma pessoa-plural, a única possibilidade Maria Carolina Casati

O que Elena Ferrante faz é belo e engenhoso. Ela convida outras mulheres à escrita, ela exalta e convoca o trabalho coletivo, a revisão e a reconstrução do cânone

As margens de Ferrante Natalia Timerman

O desafio para as mulheres, diz Ferrante, é “usar com liberdade a jaula na qual estamos presas”, é “habitar as formas e depois deformar tudo o que não nos contém por inteiro, que não pode de modo algum nos conter”

O fascismo e o fascistoide Manuel da Costa Pinto

A má-fé manipuladora, tanto de Mussolini quanto de Bolsonaro, fomentou a alucinação ideológica dentro de uma estratégia de ascensão ao poder pelo poder, desvinculada dos interesses das classes que lhes davam sustentação

Nikolas Ferreira, a transfobia e a “diafonofobia” Wilson Gomes

O sistema político pode até cassar o representante, mas continuarão os representados e eles são muitos, e não só não desaparecerão, como têm democraticamente o direito de existir

O “Triângulo da tristeza”: distopia, heterotopia e o fim do espaço sacralizado Marília Velano

Por que a gente tem se divertido tanto com os lugares reais e a própria realidade sem as distorções mirabolantes que nos afastam um pouco daquilo que a gente vê?

O problema da humanidade não é o conceito de raça, mas o racismo, que é filhote da raça. A raça mãe morreu, mas o filho está solto e continua a fazer suas vítimas

Kabengele Munanga,

Cult 290 (fevereiro de 2023)

Lutar pela autonomia corporal de pessoas trans é garantir que seus corpos sejam considerados legítimos e livres.

Beatriz Bagagli e Thayz Athayde,

Cult 290 (fevereiro de 2023)

Ainda não perdemos o medo diante das desobediências infantis. É isso que queremos legar às crianças, que elas devem ser como nós, adultos incapazes de questionar o exercício da vida?

Sofia Favero,

Cult 290 (fevereiro de 2023)

A crente que “vandalizou” o livro de Emicida e o que podemos aprender disso Wilson Gomes

Há sentido em arrastar algemada para uma delegacia uma mãe evangélica por crime de racismo, apenas porque ela resolveu usar páginas de um livro para defender politicamente um ponto de vista, errado, mas defendido por boa parte da população deste país?

A aventura do pensamento de Silvina Rodrigues Lopes e de Everardo Norões Manoel Ricardo de Lima

Sem saídas, de ponta a ponta, de começo a começo, e sem termo, “Inconjuntos” e “Garrafas que sonham macacos” são livros que exigem a musculatura de quem se lança ao mundo com o descabimento do jogo de que o evento não é o que acontece

Fantasias masculinas: o reflexo abjeto de Nikole e Bolsonara Renato Duarte Caetano, Gabrielle dos Santos Marques e Ricardo Fabrino Mendonça

A mulher de Nikolas é a projeção de si mesmo. Nikole é um espelho que revela muito do bolsonarismo, de suas inseguranças, seus temores, suas projeções e suas impotências

Crise ecológica, crise psíquica e o fim do progresso Vladimir Safatle

Como, ao tentar compulsivamente garantir nossa autopreservação, criamos um processo de autodestruição?

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