Levante dos Boxers

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Guerra dos Boxers
CaptureTianjin.jpg
A captura do portão sul de Tianjin
Data 2 de Novembro de 1899 a 7 de Setembro de 1901
Local China
Desfecho Vitória da Aliança
Beligerantes
Aliança das Oito Nações (ordenadas por contribuição):
Reino Unido Reino Unido
Rússia Rússia
 Japão
França Terceira República Francesa
Império Alemão Império Alemão
 Estados Unidos
Reino de Itália Reino de Itália
Áustria-Hungria Áustria-Hungria
Punhos Harmoniosos e Justiceiros
 China
Comandantes
Reino Unido Claude MacDonald
Reino Unido Edward Hobart Seymour
Expedição de GaselleReino Unido Alfred Gaselee
Flag of Russia.svg Yevgeni Alekseyev
Flag of Russia.svgNikolai Linevich
Flag of Japan (1870–1999).svgYasumasa
Flag of Japan (1870–1999).svgYamaguchi Motomi
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg Henri-Nicolas Frey
Flag of the United States.svg Adna Chaffee
Força de Ocupação
Império Alemão Alfred von Waldersee
Força de ocupação da Manchuria
Flag of Russia.svg Aleksey Kuropatkin
Flag of Russia.svgRennenkampf
Flag of Russia.svgPavel Mishchenko
boxers:
Yihetuan flag.pngCao Fu-tien Executado
Yihetuan flag.pngZhang Decheng 
Yihetuan flag.pngNi Zanqing
Yihetuan flag.pngZhu Hongdeng

Dinastia Qing
Dinastia Qing Tseu-Hi
Dinastia QingYuxian Executado
comandante-chefe
Dinastia QingRonglu

Dinastia Qing Yuan Shikai
Chefes de Unidades
Dinastia QingNie Shicheng 
Dinastia QingMa Yukun
Dinastia QingSong Qing
Dinastia QingJiang Guiti
Exército de Gansu
Dinastia QingDong Fuxiang
Dinastia QingMa Fulu 
Dinastia QingMa Fuxiang
Dinastia QingMa Fuxing
Forças
50 255 Yihetuan flag.png100 000 a 300 000 Boxers
Flag of China (1889–1912).svg100 000 tropas imperiais
Baixas
2 500 soldados estrangeiros mortos Perdas desconhecidas entre os Boxers (presume-se bem altas)
20 000 tropas imperiais

O Levante, Rebelião ou Guerra dos boxers (1899-1900), chamado também de Movimento Yihetuan (chinês tradicional: 義和團運動, pinyin: Yihetuan yundong), foi um movimento popular antiocidental e anticristão na China.

A sociedade secreta Yìhétuán (chinês tradicional: 義和團, chinês simplificado: 义和团, trad. Punhos da Justiça e da Concórdia), que se opunha à expansão estrangeira, sustentava que com treino adequado, incluindo o ritual do boxe chinês (Suai Jiao), os seus membros poderiam vencer os ocidentais, que usavam armas de fogo.

História[editar | editar código-fonte]

Chao Fu-tien, um dos líderes dos boxers.
Página de assinaturas do Protocolo Boxer

No final do Século XIX havia uma grande frustração popular na China que, em 1898, veio a tona por meio da Rebelião dos Boxers, eram chineses praticantes de artes marciais, que acreditavam que teriam uma imunidade mágica às balas estrangeiras. Os boxers se empenharam em uma violenta campanha contra os estrangeiros, atacando diplomatas, cristãos, estradas de ferro, linhas telegráficas e escolas ocidentais.[1]

O movimento começou na província de Shandong e teve suas raízes na pobreza rural e no desemprego, cuja responsabilidade era atribuída às importações do Ocidente. Impelidos em direção ao oeste, os missionários, chineses e cristãos, além daqueles que possuíam bens estrangeiros, foram atacados também. O movimento foi apoiado pela imperatriz Cixi (Tseu-Hi) e alguns governadores de províncias.

Em 17 de junho de 1900 os boxers cercaram as legações diplomáticas estrangeiras em Beijing por dois meses.[2]

No auge da revolta, em agosto de 1900, tinham sido mortos mais de 230 estrangeiros e milhares de chineses cristãos por um número desconhecido de rebeldes e simpatizantes. Para sufocar a rebelião, organizou-se uma força internacional colonialista (Aliança das Oito Nações), composta de 20 mil soldados russos, americanos, britânicos, franceses, japoneses, alemães, do Império Austro-Húngaro e italianos, que foi enviada para ocupar a sede imperial, onde penetrou a 14 de Agosto de 1900,[3] rendendo, ocupando e saqueando a capital.

As forças estrangeiras impuseram pesadas indenizações em dinheiro, além de maiores direitos sobre a China.[1]

A monarquia salvou-se aceitando a liquidação das sociedades secretas, o pagamento de uma indenização de guerra.

Depois dessa aberta e brutal intervenção militar, o outrora orgulhoso Império Celestial definitivamente tornou-se a "colônia de todas as metrópoles". Para infamar ainda mais as autoridades do império, os colonialistas obrigaram a que fossem chineses os carrascos que executaram as sentenças de morte dos principais líderes da rebelião. O levante fez com que aumentasse a interferência estrangeira na China.

Na cultura popular[editar | editar código-fonte]

Cinema[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b KISSINGER, Henry, Sobre a China, p. 98
  2. Harrington 2013, pp. 16-17.
  3. Harrington 2013, p. 17.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]


Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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