Yeda Pessoa de Castro
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Yeda Pessoa de Castro | |
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Nascimento | 1937 Salvador |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | antropólogo, linguista, |
Empregador | Universidade Federal da Bahia |
Yeda Pessoa de Castro (Salvador, 1937) é uma etnolinguista brasileira.
Vida[editar | editar código-fonte]
Yeda nasceu em Salvador, Bahia. É doutora em Línguas Africanas pela Universidade Nacional do Zaire, Consultora Técnica em Línguas Africanas do Museu da Língua Portuguesa na Estação da Luz [1] em São Paulo, Membro da Academia de Letras da Bahia [2][1].
Professora aposentada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) é, atualmente, Consultora Técnica e Professora na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), estando à frente do NGEALC - Núcleo de Estudos Africanos e Afrobrasileiros em Línguas e Culturas, do qual é fundadora. Foi Professora Visitante em universidades da África e do Caribe, onde atuou também como Adida Cultural da Embaixada do Brasil em Trinidad-Tobago entre 1986 e 1988, sendo a primeira brasileira a defender tese de pós-graduação em uma universidade africana e a único até agora em sua especialidade.[2][3]
Realizações[editar | editar código-fonte]
A importância das suas pesquisas, resultado de mais de trinta anos de investigação participante nos dos lados do Atlântico, mereceu reconhecimento internacional. Tem proferido conferência em congressos internacionais em vários países, a convite da ONU, da UNESCO e de instituições acadêmicas onde os estudos africanos são encarados com seriedade. Com vários trabalhos publicados sobre relações culturais e linguísticas Brasil-África, o conjunto de sua obra, é considerado, em todas as partes, como uma renovação nos estudos afro-brasileiros por descobrir a extensão da influência banto no Brasil e introduzir a participação de falantes africanos na formação do português brasileiro.[4][5]
Na Bahia, foi Diretora do Centro de Estudos Afro-Orientais, fundou o Museu Afro-Brasileiro em Salvador e atualmente é Professora Visitante da pós-graduação da Universidade do Estado da Bahia onde leciona línguas e culturas africanas no Brasil.
Foi conselheira da Fundação Cultural Palmares, Ministério da Cultura, Brasília, entre 2001 e 2003.
Realizou atividades de consultoria na elaboração de projetos na área de Educação, na Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC/Ba - Departamento de Letras e Artes, Núcleo de Estudos Afro-Baianos Regionais KÀWÉ, entre 2000 e 2001. Também atuou como Consultora Técnica em Línguas Africanas para o Projeto Estação da Luz da Nossa Língua, Fundação Roberto Marinho, São Paulo, a partir de 2004.
Integrou o Conselho Científico e do Comitê de Leitura do Colóquio Internacional "Le Gabon et le Monde Iberique", Université Omar Bongo [3], Libreville, Gabão, em maio de 2002. É membro permanente do Conselho Científico da Revista Kilombo, publicação do CERAFIA, da Universidade Omar Bongo, Gabão. Parecerista da Capes de várias livros, revistas e periódicos científicos, no Brasil e no exterior.
Pertence ao GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL e é Membro Permanente do Comitê Científico Brasileiro do Projeto "Rota do Escravo" da UNESCO [4]
Autora de Falares Africanos na Bahia: um vocabulário afro-brasileiro (Academia Brasileira de Letras / Topbooks Editora, 2001, 2ª edição 2005), aceito pela crítica como a obra mais completa escrita, até agora, sobre línguas africanas no Brasil, um livro que já se tornou um clássico na matéria, e A língua mina-jeje no Brasil: um falar africano em Ouro Preto do séc. XVIII (Fundação João Pinheiro, Secretaria de Cultura de Minas Gerais, 2002), além de inúmeros artigos e conferências, publicados em revistas científicas, anais de congressos, etc., no Brasil e no exterior.
Prêmios e Homenagens[editar | editar código-fonte]
- Comendadora da Ordem do Rio Branco [5], pelo Ministério das Relações Exteriores [6], em 1997.
- Comenda Maria Quitéria, pela Câmara de Vereadores da Cidade do Salvador [7], em 1989.
- Sócio-Benemérito da Fundação Baiana do Culto Afro-brasileiro - FEBACAB, em 1994.
- Homenageada como a Grande Benemérita da Cultura Afro-Banto Brasileira pelos Terreiros componentes do Eco-Banto, em São Paulo, 2008.
- Homenageada pelo Afoxé Filhos do Congo, Carnaval de 2007. Salvador, Bahia.
- Homenageada pelo Grupo Cultural Afoxé Loni [8], por sua vida e obra dedicadas aos estudos e à realidade afrobrasileira, no Carnaval das Culturas de Berlim, Alemanha, em maio de 2008.
Escritos[editar | editar código-fonte]
Livros
- 2009 - Falares africanos na Bahia: um vocabulário afro-brasileiro. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras/ Topbooks Editora e Distribuidora de Livros Ltda. (2ª ed. - reimpresssão)
- 2005 - Falares africanos na Bahia: um vocabulário afro-brasileiro. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras/ Topbooks Editora e Distribuidora de Livros Ltda. (2ª ed.)
- 2002 - A língua mina-jeje no Brasil: um falar africano em Ouro Preto do século XVIII. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro (Coleção Mineiriana).
- 2001 - Falares africanos na Bahia - um vocabulário afro-brasileiro. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras/ Topbooks Editora e Distribuidora de Livros Ltda.
Artigos
- 1990 - No canto do acalanto. Salvador. Centro de Estudos Afro-Orientais, Série Ensaio/Pesquisa, 12.
- 1980 - “Os falares africanos na interação social do Brasil Colônia”. Salvador, Centro de Estudos Baianos/UFBA, nº 89.
- Influência das línguas africanas no português brasileiro
Referências
- ↑ Academia de Letras da Bahia
- ↑ «As línguas africanas e o português do Brasil - Rede Brasil Cultural». redebrasilcultural.itamaraty.gov.br. Consultado em 27 de novembro de 2021
- ↑ Governo do Estado da Bahia, Fundação Pedro Calmon (7 de março de 2016). «#FPCEntrevista – Yeda Pessoa de Castro: uma vida dedicada às línguas e culturas negroafricanas no Brasil.». Fundação Pedro Calmon - Governo da Bahia. Consultado em 27 de novembro de 2021
- ↑ Line, A. TARDE On. «Yeda Pessoa de Castro». Portal A TARDE. Consultado em 27 de novembro de 2021
- ↑ «O falar africano e as injustiças que se perpetuam no Brasil». Nexo Jornal. Consultado em 27 de novembro de 2021